A mudança inevitável está aí à vista
Há relatos que já estão centenas de apoiantes da Coligação Portugal à Frente em frente à Assembleia da República a gritar "Costa para a rua, a casa não é tua" , "Nós não queremos o Syriza em Portugal", "Esquerda radical, faz mal a Portugal". Como sabem, não sou o maior admirador de António Costa, nem tão pouco do Partido Socialista, mas democracia é isto mesmo. E doa a quem doer, uma maioria parlamentar tem legitimidade para formar governo, até mesmo quando um Presidente da República ignora tal possibilidade.
O cenário já era previsível, e hoje parece que finalmente vai mesmo acontecer: o Governo actual vai cair. Se será bom ou mau, o futuro logo dirá, portanto julgo que os próximos meses sejam fundamentais para avaliar o que se irá passar no país, e aí sim, fazer uma avaliação concreta.
Quem protesta neste momento não sabe o que é democracia, nem tão pouco está interessado no país. Quem se revolta neste momento, não está preocupado com a actualidade, com o desemprego, ou com outra coisa qualquer. O importante é apoiar o seu partido, e os interesses que muito provavelmente estão associados a um cargo e a um salário risonho.
A mudança inevitável está aí à vista. E não interessa que seja mais à esquerda ou mais à direita, o importante é que o país cresça e recupere a sua dignidade.