Os "bons" resultados da extrema-direita na França dão para tudo. Finos e pesticos para a emigrantada que ainda não percebeu que assim que esses meninos cheguem ao poleiro, eles próprios, emigrantes, vão todos para o caralhinho!
A falta de informação desta gente é gritante, e as baboseiras que lançam cá para fora são absolutamente surreais! Para além do discurso xenófobo, estão completamente a leste do que realmente se passa no continente europeu, assim como no mundo.
Só para esclarecer: isto nada tem a ver com desporto. Isto é selvajaria, vandalismo ou até mesmo, terrorismo, se assim preferirem. Já culparam os presidentes e a comunicação social pelo profundo clima de crispação que se tem vivido, mas e que tal olharmos para isto como um todo, e não nos esquivar-nos da nossa pequena contribuição para este ambiente de agressividade corrosiva? Já passamos há muito das clássicas rivalidades, das bocas e das brincadeiras, que de vez em quando geravam pequenas discussões. As coberturas televisivas em dias de clássico transpiram a tudo menos a clima de paz, com perguntas retóricas e sempre com um pequeno rastilho para os entrevistados darem o "show", com possibilidade de se tornar viral. A falta de respeito para com os jornalistas é também enorme, com vocábulos que envergonham todos os que contribuíram para a liberdade de expressão. E até custa a perceber como é que qualquer profissional se sujeita a este tipo de coberturas, que em nada dignifica a profissão nem tão pouco o desporto. Já chega.
Em Portugal vale tudo para se dar um "Última Hora". Até parece que o jogador do Canelas 2010, foi o primeiro jogador a agredir um árbitro em Portugal. Será esta a profunda decadência da comunicação social? E as prioridades dos portugueses, quais são? Viver num profundo jornal cor-de-rosa disfarçado de azul, onde é constantemente bombardeado com notícias a puxar cliques e discussões primatas?
Tenham calma. Isto também não é o fim do mundo. O Trump ganhou e o Brexit também, e como podem já ter constatado, o mundo ainda não desabou. Para reforçar ainda mais a minha ideia, neste momento, em Portugal, até já temos um aeroporto chamado de Cristiano Ronaldo e tudo! O que quero com isto dizer, é que apesar de ter existido um empate no clássico de ontem, pelo menos não haverá a típica chacota de segunda-feira nas primeiras horas de horário laboral, que mesmo apesar do empate insosso, ganhou o patrão, a família e as amizades que geralmente ficam fragilizadas sempre que existem jogos altamente inflamáveis. Com este resultado até os jornais ficam mais limpos e as redes sociais menos poluídas. Portanto, não fiquem assim tão reprimidos. Guardem essa vontade toda para o fim do campeonato, porque parece que vamos ter espectáculo até ao fim.