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Rabiscos de um Maldisposto

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Sete meses com o C

por Rabiscos de um Maldisposto, em 30.01.17

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Já se passaram 7 meses. Parece que foi ontem, mas já faz sete meses que preenches a minha vida. Estás a crescer e a ficar cada vez mais forte e confiante. Tens sido uma lição de vida para mim e ao mesmo tempo, uma preocupação.

Não foi fácil lidar contigo ao início, C. A tua timidez gerava agressividade sempre que te tentava conquistar com os meus mimos. Hoje, já tudo é diferente. Já conseguimos lidar um com o outro e já confias em mim mais do que ninguém.

Confesso que não estava preparado para limpar a tua gaiola. Por vezes, tive alguns arranques quando os dejectos aparentavam cores vivas e de tamanhos volumosos. Mas enfrentei esses complexos, e hoje já consigo fazê-lo como se nada fosse. Recordo-me também da primeira praga de piolhos que apanhaste. Não paravas de te limpar e de coçar. Mas felizmente essa barreira foi ultrapassada.

Nunca vou esquecer a primeira vez que começaste a assobiar a música do Parabéns a você. És a minha animação logo pela manhã. Os assobios melodiosos e a tua agitação matinal faz-me ter orgulho no modo como te estou a tratar. Aguardo ansiosamente pelas primeiras palavras, porque sei que mais cedo ou mais tarde falarás.

Espero que continues a crescer e que continues a ser fiel, C. E eu cá estarei, para tudo!


​Senhores deputados, moderem-se se faz favor

por Rabiscos de um Maldisposto, em 28.01.17

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Sempre ouvi dizer que o exemplo vinha de cima. Embora concorde com essa afirmação, também acho que o exemplo não tem de vir de lado nenhum ou melhor dizendo, não precisamos de exemplos para nos sabermos comportar ou agir civilizadamente.

Mas o que tenho assistido nos últimos debates na Assembleia da República, tem sido altamente vergonhoso e digno de ser corrigido o mais rapidamente possível. Até porque o Parlamento não é um circo, um estádio de futebol em dia de dérbi, nem tão pouco uma arena em dia de tourada.

Aquilo que se tem visto na Assembleia da República tem sido uma espécie recreio onde as crianças têm tido comportamentos que em nada privilegiam a classe política em Portugal.

Gargalhadas, graçolas, bitaites típicos de tasco a bom som, protestos em conjunto, barulhos incomodativos... Enfim! Acontece tudo e mais alguma coisa.

Claro que isto também acaba por ser o reflexo de quem está a liderar aqueles grupos partidários, porque presenciar e não reagir, acaba por agir consentir e estar em concordância com o circo que se assiste nas bancadas parlamentares.

E até compreenderia estes comportamentos se estivéssemos perto de um fim de mandato, com eleições legislativas à porta. Mas não é isso o que se passa, nem tão pouco tem existido motivos para tamanhos comportamentos animalescos.

Claro que isto em nada abona a favor da classe política que está cada vez mais fragilizada e com o passar dos anos tem sido levada cada vez menos a sério pela sociedade e pelo eleitorado. E tenho toda a certeza que o eleitorado não está a ser bem representado desta forma.


Não tenho nada contra a imprensa cor-de-rosa

por Rabiscos de um Maldisposto, em 26.01.17

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Ao contrário do que vocês possam pensar, eu não tenho nada contra a imprensa cor-de-rosa. Sim, eu admito: não tenho absolutamente nada contra a imprensa cor-de-rosa. E não estou a entrar em demagogia barata nem tão pouco a dar uma de politicamente correcto. Eu e a imprensa cor-de-rosa podemos coexistir no mesmo meio, mas por favor, não me façam cruzar com ela.  

Posto isto, compreendo perfeitamente a existência desta imprensa. Existe quem se interesse por este tipo de notícias, e se quisermos ir mais a fundo: isto também é jornalismo. Há quem queira ser informado sobre o que a figura pública X fez de mais escandaloso no Dia de Natal, ou o que a figura pública Y fez no Dia de Reis. E eu compreendo isso. Agora, o problema ocorre é quando a imprensa cor-de-rosa e as notícias fúteis, se cruzam no meu espaço. E isso é cada vez mais frequente, utilizando até mesmo os mais sofisticados filtros.

Seguir a imprensa portuguesa nas redes sociais é seguir o bom e o pior de Portugal – completamente. Nada contra as linhas editoriais, porque isso obviamente cada jornal segue a sua, mas ao ponto de receber notificações de todo o género de notícias, é que acaba por estragar tudo. E é essencialmente aí a que eu quero chegar. Os jornais generalistas deveriam ter hoje uma maior preocupação com o tipo de conteúdo que publicam nas redes sociais. Se por um lado estou a seguir o jornal X porque costuma fazer um apanhado de tudo o que tem relevância em Portugal, porque é que de vez em quando lá se solta uma notícia indispensável para a maioria dos seus leitores? O problema aqui não é de todo a existência do jornal/imprensa cor-de-rosa, mas sim o lado sensacionalista a vir ao de cima de quem conduz estes jornais.

Ao contrário do jornal físico e das próprias páginas dos jornais, terem as várias secções para obviamente, todo o tipo de leitores, nas redes sociais não existe forma de controlar isso e por isso é que as caixas de comentários dessas notícias mais “descontextualizadas”, geralmente são autênticas caixas de lixo, com ataques pessoais, ataques às linhas editoriais e até mesmo com respostas irónicas, como receitas ou dicas úteis para o dia-a-dia (confesso que já aprendi a fazer arroz graças a uma alma penada, que se lembrou de ignorar a notícia e ter partilhado esse sábio conhecimento). E talvez o grande ódio pelas notícias cor-de-rosa da maioria dos leitores dos jornais digitais venha daí.

De qualquer forma, quando eu quiser ler “fofoca” como deve de ser, ou até mesmo ter um encontro com a imprensa especializada na coscuvilhice, eu sei muito bem onde é que tenho de ir.


O Adblocker nos sites dos jornais portugueses

por Rabiscos de um Maldisposto, em 24.01.17

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“Apoie o jornalismo, desactive o seu adblocker”, é assim que alguns sites dos principais jornais portugueses apelam aos leitores para terem consciência das suas acções enquanto visitam as suas páginas. Obviamente que um leitor mais sensível, não irá ficar indiferente perante tal apelo, mas posso constatar que desligar este plugin actualmente, é dar de caras com um autêntico martírio para ler seja o que for nos espaços destes jornais.

Compreendo perfeitamente os apelos e as receitas que são capazes de originar, se por acaso os leitores não utilizarem estas ferramentas que impedem tão facilmente as toneladas de publicidade que já estão preparadas para a serem carregadas. Mas o problema é mesmo esse: as toneladas de publicidade. Será que há assim tanta necessidade de aborrecer os leitores com uma quantidade astronómica de anúncios, e alguns a serem extremamente intoleráveis?

Devo admitir que já tentei por várias vezes rondar os sites dos jornais portugueses com o tal plugin mágico desligado, mas nunca consegui por mais de 10 minutos. Não tenho paciência, nem tão pouco consigo tolerar tamanha ganância de receitas de cliques/visualizações. Mas sei que o jornalismo caminha para esse sentido, e que estas receitas são cada vez mais importantes para a sua sustentabilidade. Então, a minha sugestão é a seguinte: e que tal colocar estes anúncios, de forma menos abusiva?

Desafio os senhores que administram os sites dos principais jornais portugueses, a utilizarem os seus aplicativos e a navegarem por mais de 30 minutos pelas secções dos seus espaços, para terem uma pequena noção do que estou para aqui a escrever. Se ainda assim tiverem dúvidas, podem também pegar no vosso smartphone, porque tenho a certeza absoluta que irão ter uma experiencia verdadeiramente digna de arrancar cabelos em menos de 10 minutos.

Querem que os leitores desliguem os plugins que eliminam as publicidades dos vossos sites? Então pensem também nos vossos leitores.


Deixem Donald Trump cair sozinho

por Rabiscos de um Maldisposto, em 22.01.17

Já todos percebemos que Donald Trump não se irá aguentar muito como Presidente dos Estados Unidos, mas se calhar convinha que também lhe dessemos tempo para ele escorregar. Porque apesar de tudo, Donald Trump ganhou as eleições americanas. É um facto.

Num período onde vem tantas vezes à tona a palavra democracia, convém também lembrar a sua importância e sobretudo o seu significado. Ser democrata não é fazer barulho nas ruas e nas redes sociais, quando o nosso candidato favorito perde em eleições. As marchas são legítimas, os protestos são legítimos, todo esse sentimento de revolta que existe dentro de cada cidadão americano que não apoiou e não apoia Trump também é, mas convenhamos que a democracia também tem dessas coisas.

O protesto das mulheres que ontem se realizou em vários países e sobretudo nos Estados Unidos da América, levou-me a pensar que por mais uma vez todo o que se passa naquele território é altamente sobrevalorizado, tendo impactos de nível mundial. Isto tudo porque as mulheres acreditam que Trump lhes vai retirar poder e que lhes irá rebaixar, garantido assim um retrocesso em tudo que conseguiram conquistar nas últimas décadas. Mas, apesar de mais uma vez, eu achar que os protestos eram, são e continuarão a ser legítimos, não me recordo de ter acontecido um evento desta magnitude perante as incríveis desigualdades nos países muçulmanos, onde essa actividade já está perfeitamente identificada e que tantas vezes já foi mencionada como algo surreal em pleno século XXI!

Sou daqueles que acredita que Donald Trump cairá sozinho, ou não tivesse os americanos e o mundo inteiro de olhos postos nele. Os tiranos no Ocidente já não voltarão a ser o que eram. E não dramatizem com uma possível terceira guerra mundial. Deixem-no cair sozinho.


Um Presidente da República que nos motiva

por Rabiscos de um Maldisposto, em 20.01.17

Aquilo que Marcelo Rebelo de Sousa tem feito ao longo do seu mandato como Presidente da República é completamente meritório de um político altamente inspirador. E escrever sobre Marcelo e as suas acções, no dia em que Donald Trump, o 45.º Presidente dos EUA toma posse, não poderia ser mais do reconfortante.

A última imagem que se tornou viral de Marcelo Rebelo de Sousa, volta a blindar o estatuto que lhe vem sido atribuído ao longo do seu mandato. O discurso fácil, a visão certeira, a comunicação assertiva e a extrema sensibilidade humana, são qualidades que raramente se constatam nos políticos a que estamos acostumados a conhecer.   

Correndo um alto risco de ser acusado (mais uma vez) de populismo, Marcelo Rebelo de Sousa surge no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso, em Lisboa, na noite mais fria do ano, a conversar e a distribuir abraços com os sem-abrigo que por lá se encontravam. As imagens rapidamente se tornaram virais. Os canais generalistas fizeram questão de colocá-las em primeiro plano. Mas o gesto ficou connosco. Mais uma vez Marcelo Rebelo de Sousa volta a ser um político inspirador. Um autêntico homem que motiva as massas. E ao analisar a sua actual popularidade, rapidamente poderíamos constatar que já não precisaria de nada disto, caso fossem atitudes forjadas.

Obviamente que o gesto de Marcelo Rebelo de Sousa não resolveu, nem eliminou as brutais desigualdades e dificuldades que estas instituições enfrentam para dar suporte aos que mais precisam. Mas sem dúvida que quem o pôde receber de braços abertos, e teve a oportunidade de ouvir as suas palavras, não ficou indiferente. Para quem está habituado a viver na rua e já deixou de acreditar na sociedade, a mobilização de um Presidente da República poderá ser muito mais do que simples acto de populismo. Poderá ser a alavanca para o início de uma nova vida.

Obrigado, senhor presidente.


A palavra: desculpa

por Rabiscos de um Maldisposto, em 19.01.17

Devo admitir que não sou pessoa de pedir muitas vezes desculpa. Erro meu, por ser na maioria das vezes, extremamente teimoso e inflexível. Mas quando peço desculpa, peço com a maior sinceridade que consigo e sai digno de um verdadeiro pedido de desculpas.

A arte de pedir desculpa foi-se perdendo ao longo do tempo. Actualmente ouve-se e lê-se a palavra desculpa mais vezes do que se deveria. Não necessariamente porque as pessoas andam a fazer mais merda do que antigamente mas talvez porque hoje se pede desculpa por tudo e por nada. Tornou-se banal pedir desculpa à mínima dificuldade ou quando as coisas apertam. Há casos em que a palavra sai de tal forma disparada, que nem sequer chega a ser sentida.

Ouvir um pedido de desculpas actualmente, é sentir a forma como a palavra desculpa é expressada. É fácil dizer ou escrever a palavra desculpa de forma sarcástica ou até mesmo contradita. Dizê-lo e não senti-lo é simplesmente ignorar a palavra, e ignorar a importância do arrependimento. A palavra desculpa já foi mais transparente. Valorizem-na quando é nutrida.


O apoio aos sem-abrigo no Inverno

por Rabiscos de um Maldisposto, em 17.01.17

Assim como o Verão tem os fogos, o Inverno tem os sem-abrigo. Parece que a vaga de frio que está prevista para os próximos dias já está a fazer das suas, especialmente na oferta de protecção para os sem-abrigo das principais cidades do país. E se no Verão a conversa passa sempre (ou quase sempre), pela falta de prevenção, no Inverno, a falta de prevenção volta a ser tema de conversa.
O que raio fazem ainda tantos sem-abrigo, sem abrigo? Obviamente que é reconfortante verificar que as principais Câmaras do país estão sensibilizadas com os sem-abrigo nestes dias, mas e durante o resto do ano, como é que a coisa se faz? Como é que andam esses planos de reabilitação, reintegração na sociedade, etc, dos que perderam tudo?
Bem sei que existem muitos que rejeitam todas as ajudas. Alguns indivíduos perderam todas as esperanças na sociedade e só querem paz e sossego. Trabalho e voltar reconstruir um lar, são opções completamente fora de questão. Mas é nestes casos que a reintegração tem de ser mais trabalhada, especialmente a parte mental. Um individuo que não quer ser reabilitado obviamente que tem de ser acompanhado por psicólogos, e não só com ajuda financeira. E obviamente que é difícil. Dificílimo até. Mas deixar estar na rua quem não quer simplesmente voltar ao activo (pelas mais variadíssimas razões), não é de todo a solução mais plausível.


Os negócios dos portugueses na Internet

por Rabiscos de um Maldisposto, em 14.01.17

Vocês já viram bem os negócios dos portugueses nos sites de leilões e usados? Para além de reunirem todos os aldrabões existentes no país (os que já sabem usar Internet), reúnem também os maiores chico-espertos. No fundo estes sites e grupos, são o reino luso da fantasia.
Confesso que já perdi a esperança de comprar algo decente a um preço justo, portanto neste momento visito-os unicamente para me divertir e partilhar com os colegas os negócios mais hilariantes e fraudulentos. Negócios que vão desde artigos em segunda mão, a custarem praticamente o mesmo que novos, a descrições carregadas de erros e contradições. E será que vale a pena referir a questão dos preços negociáveis?
A conclusão que tiro destes sites, grupos e mais uns quantos, é que ninguém está preparado para perder dinheiro, nem tão pouco para despachar o que precisa de forma consciente. Estão todos à espera do seu tanso, capaz de comprar sem questionar e se possível com adiantamento e sem complicar muito. Claro que de vez em quando aparece, mas já são cada vez menos.
Felizmente para todos nós (pessoas decentes e informadas), existem sites internacionais que já se tornaram clássicos e sinónimo de confiança, com mais preços justos e menos chico-espertices.
Para comprar de forma decente a lusos, ainda precisamos de mais umas décadas. Seguramente.


Recordar Mário Soares

por Rabiscos de um Maldisposto, em 08.01.17

Ainda falta alguma figura pública recordar Mário Soares? Vejam lá isso porque depois já ninguém vós leva a sério, nem têm mais holofotes sobre vós. Têm até Terça-feira para fazê-lo. Depois não venham dizer que ninguém vos avisou.
Eu como ainda não tenho esse estatuto já me decidi: vou recordar Mário Soares no Verão, acompanhado com gambas e uma jola bem fresquinha, numa esplanada junta ao mar. Creio que essa seja a forma mais digna de o recordar, e não num período onde todos têm algo a dizer sobre ele, podendo até correr o risco de não ser levado a sério por ninguém e ser arrastado pela onda negativa que se abate nas caixas de comentários. Hoje já quase dei por mim a ler textos da direita, portanto não quero mesmo arriscar.
Espero que Mário Soares não me leve a mal. Também se levar paciência, já morreu.

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