O mundo está indignado com um vídeo que mostra racismo e xenofobia pura no Reino Unido. As redes sociais estão em absoluto estado de alerta e somam-se partilhas e imagens contra estas práticas repugnantes que envergonham os seres humanos. Vem em má altura este vídeo contra os britânicos racistas e xenófobos, porque se alguém se lembrasse de fazer um vídeo sobre os comentários que inundavam a Internet quando houve o drama dos migrantes no Mediterrâneo, e quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre o asilo de refugiados em Portugal, creio que neste momento, este caso seria apenas mais um, e alguns portugueses até se identificavam com aquilo que tinham acabado de ver.
Visto que o Reino Unido disse não à continuidade na União Europeia, porque não perguntar o mesmo aos 500 milhões consumidores? Porque é que nao fazemos um referendo nos outros 27 países? Será que as pessoas estão satisfeitas por estarem na União Europeia? Será que vale a pena alimentar esta coisa que todos os dias nos obriga a pensar em manter esforços para manter o mercado estável, os negócios, etc, etc, etc? E as pessoas? Não têm uma palavra a dizer? Porque é que condenamos a escolha democrática dos britânicos? Porque é que nos julgamos superiores à decisão deles? Não estará na altura de pensar numa solução de raiz, para este problema que se chama União Europeia? E que tal idealizar algo novo, já que este já não mostra uma total confiança a quem o susporta? Um referendo em todos os países que suportam esta geringonça, já!
Não estou admirado pela maioria dos portugueses estarem satisfeitos com a atitude de Ronaldo com o jornalista do CMTV. Os portugueses são por norma mal educados, saloios e ignorantes. No fundo, aprovam qualquer comportamento selvagem. Desta vez não foi excepção.
Mesmo se tratando do pior órgão de comunicação que existe em Portugal, há limites. O Ronaldo se tem algum problema com o CM, apenas tem de responder à administração e não tratar mal, ofender e desrespeitar o trabalho dos seus profissionais. O jornalista estava a fazer o seu trabalho e acabou por ser humilhado por um suposto exemplo de ser humano. Ronaldo, pada além de estar no momento a carregar o símbolo da federação portuguesa de futebol, estava também a representar Portugal e portanto, o país fica mal visto para o mundo, pela sua atitude ridícula contra a liberdade de expressão. Triste momento, que revela a sua actual falta de serenidade e que de demonstra claramente que não está apto para estar em campo.
O que me irrita? Pessoas que insistem na frase: "Tens de apoiar a selecção nacional", como se elas, ou nós, tivéssemos alguma importância no que toca ao que se irá passar em campo. Então ao usar cachecóis, camisolas, caras pintadas, canecas personalizadas, e outras porcarias, ao ver o jogo pela televisão, fazem delas o décimo segundo jogador, que sem dúvida causa um impacto brutalíssimo no jogo, pelo menos no jogo do quem faz mais figuras estúpidas naquele espaço. Mas isto no que toca a selecções é lindo, principalmente quando dizem a portugueses que eles têm de apoiar a sua selecção e na a dos outros, como se clubes de futebol se tratassem.
Calma, calma! Mas agora toda a gente é a favor da homossexualidade?! Não! Eu desta vez vou deixar escapar! Isto é que é uma fartura, não é senhores reis da hipocrisia? Basta apenas tornar-se moda, e o tema estar na boca do mundo para eles saírem todos cá para fora. Senhores e senhoras, reis e rainhas da hipocrisia precoce, não. Não volto a cair nesta onda estúpida de solidariedade de gaveta digital. Sei perfeitamente que vocês são contra o casamento de pessoas do mesmo sexo. Sei perfeitamente que vocês são contra a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Sei perfeitamente que vocês são extremamente preconceituosos e seriam incapazes de tratar de igual forma uma pessoa com uma orientação sexual diferente da vossa. Não vale a pena andarem a colocar as bandeirinhas com o arco-íris e com a insígnia LGBT. Nós sabemos perfeitamente que vocês, não são assim. Vocês não são Charlies, e vocês não são a favor da homossexualidade.
Alguém tem de explicar aos emigrantes que não é com rancho, pimba e outros espectáculos hilariantes, que se apoia a selecção nacional. E não, também não é por usarem o símbolo da Federação Portuguesa de Futebol – FPF, colado nos vidros dos carros, que os jogadores vão render o dobro dentro do campo. É que sinto uma certa vergonha alheia ao visualizar estes lindos espectáculos de azeite com toneladas de parolice à mistura, a serem transmitidos para todo o mundo. Ser português às vezes custa. Custa mesmo muito.
Já que hoje está um fantástico dia de sol, queria apenas deixar um recado para os que aderiram à nova das redes sociais que é: fotografar o hotel, a chave ou as malas, no sítio onde vão passar a temporada de férias. Amigos: já que insistem tanto em partilhar a vossa vida connosco, também podiam mostrar as informações sobre os empréstimos que tiveram de fazer para essa magnífica estadia de férias, isto claro, que é para a malta também ficar a saber. É ou não é justo? Eu creio que sim. É que sempre que vejo estas fotografias, fico sempre com a sensação que a história nunca está bem explicada, e não queremos isso pois não, caríssimos?
Sei que o fenómeno não é de agora, mas que é estranho e irritante, creio que todos os comuns mortais concordaram com isso. Ora, o que se passa é o seguinte: temos muita gente com medo de mencionar a fonte sobre o tempo que irá fazer.
- “Olha, sabes como é que vai estar o tempo na Terça-feira?”
– “Epá, dizem que vai estar de chuva!”
- “Dizem? Quem é que disse?”
- “Já andam a dizer desde a semana passada…”
- “… não perguntei isso, mas ok!”
E é essencialmente isto, o quotidiano dos portugueses. Às vezes apetece-me questionar se conhecem, ou se por acaso, já tiveram um pequeno encontro com o nome - Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA - nome comprido como o raio, mas ao fim de ser pronunciado meia dúzia de vezes, a coisa fica na ponta da língua).
Acabem com isso, por favor! É que até nem me importava de saber que tinha sido o vizinho a dar essa preciosa e rigorosa informação, mas caramba, dêem-nos nomes! Queremos saber as fontes! Queremos saber quem é que se enganou, ou não, no estado do tempo!