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Rabiscos de um Maldisposto

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O alarmismo excessivo de ingestão de carne processada

por Rabiscos de um Maldisposto, em 30.10.15

Já pararam cinco minutos para pensar e pesquisar um pouco? Já tentaram soltar-se das notícias sensacionalistas e aprofundaram o assunto da recente notícia de classificação de carnes processadas como cancerígenas? Então tenham calma, e sempre que abrirem a boca ou até antes de escreverem seja o que for, não soltem asneiras.

Como alguns de vós já devem saber, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou alguns alimentos como o fiambre, bacon, salsichas ou presunto ao nível do tabaco, em termos de efeitos prejudicais para a saúde de quem os consome. Para os profissionais da área, o assunto não é propriamente novo, daí a que muitos até nem ficaram surpreendidos com a notícia - como foi o caso da bastonária da Ordem dos Nutricionistas. Portanto, antes de existir este alerta fulminante, já se conhecia ou pelo menos os profissionais na arte do bom comer, já tinham uma pequena noção do que poderia acontecer em caso de excesso de consumo. Porém este relatório, também trouxe a novidade de que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada poderia aumentar a probabilidade de desenvolvimento de cancro do intestino em 18%.

Perante isto, eu acho que no fundo cabe a cada um de nós comer com consciência e sem exageros. Creio que até seja a base de tudo, porque no fundo o recomendado é até mesmo comer um pouco de tudo, embora alguns alimentos devam ser ingeridos com maior frequência de que outros, mas no fundo precisamos um pouco de tudo, portanto não vejo razões para tanto alarmismo nem para tanto pânico. O cancro provocado por tabaco continua com 19%, já os cancros provocados por alimentação de carne processada, encontra-se nos 3%. O que tem resultado em 86% dos cancros de pulmão e em 21% dos cancros intestinais. Portanto, a probabilidade de fumar tabaco continua a ter uma percentagem bem mais elevada de contrair cancro do que propriamente o consumo das carnes processadas. Então, se estão assim tão preocupados com esta notícia, convém já deitar o maço de tabaco que acabaram de comprar no caixote de lixo mais próximo.

Comam com bom senso e de forma variada, e parem de pensar no pior, porque o jornalismo sensacionalista daqui a pouco, até vos tira a vontade de comer.


Respira-se cada vez mais centros comerciais

por Rabiscos de um Maldisposto, em 29.10.15

Vivo na região norte do país e tenho-vos a dizer: estou a ficar sufocado com tantos centros comerciais. Tornam-se excessivos, começaram a tornar-se autênticos refúgios de fim-de-semana à tarde, e já não há pachorra para ouvir falar em novos espaços comerciais, quanto já existe uma enorme variedade concentrada na região norte do país. Só em 2011, o distrito de Lisboa e Porto, reuniam praticamente 50 por cento da área total existente a nível nacional. Lisboa contava com 34 e Porto indicava 26 centros comerciais. Actualmente, a região norte já conta seguramente com mais de 60, sendo que o distrito do Porto poderá chegar aos 34, sendo que, alguns ainda estão em projecto e muitos ainda não abriram.

Com a indústria nacional a cair a pique ano após ano, o segredo ao que parece dos governos que nos têm governado, tem sido abrir portas para a criação de novos espaços comerciais e com isso entreter os cidadãos. Não há um dia que não veja uma péssima notícia de que a fábrica X fechou e com ela, levou uns quantos colaboradores para o desemprego.

Se o objectivo for importar cada vez mais, em vez de exportar, creio que estamos no caminho certo. E aí sim, as mais de 91.000 pessoas que em Portugal trabalham nestes centros comerciais, até podem ter o seu lugar assegurado. Caso contrário, Portugal continuará a importar mais do que devia e com isso, a sua economia não melhorará. Mas é com alguma tristeza que escrevo isto, até porque resido numa cidade que em tempos destacava-se na indústria de excelência e de repente tornou-se em apenas mais uma rodeada de centros comerciais e de hipermercados.

Sinto-me sufocado de compras e vendas. Sinto falta da produção pura e dura do passado.


Mas afinal, qual é a pior operadora de telecomunicações?

por Rabiscos de um Maldisposto, em 28.10.15

Não sei se já repararam, mas nos últimos dias o meu passatempo preferido tem sido visitar as páginas de Facebook das empresas de telecomunicações em Portugal, e não sei se é de bom-tom dizê-lo ou não, mas tenho-me divertido à brava com o que ando a ler.

Resumindo: não sei qual é a pior em Portugal, porque os clientes estão claramente insatisfeitos com todas as empresas de telecomunicações. Tanto faz ser MEO, NOS, Cabovisão ou até mesmo Vodafone. Há queixas e comentários negativos em todas as páginas: todas. Raramente se vê comentários positivos e de elogios genuínos, porque a grande maioria é dedicada essencialmente em demonstrar o seu desprezo total pela operadora e pelo arrependimento de ter assinado um contrato e estar preso a ele até à data X.

Há comentários para todos os gostos. Há o típico cliente que gosta de se indignar com ironia e dar uma de brincadeira para ser a estrela do cartaz. Há o cliente mais directo, em se preocupa essencialmente em resolver apenas a situação, tentando explicar de forma resumida o problema que tem. Há também o cliente furioso e que só tem azar por estar à frente de um dispositivo a escrever, porque se estivesse pessoalmente perante a pessoa que supostamente lhe irá resolver o problema, era bem capaz de lhe dar um valente arraial de porrada. E por vezes lá surge, o cliente simpático, capaz de dar um ou outro elogio, e também comparando com outros serviços que existem no estrangeiro. Normalmente, há quem defenda que as operadoras nacionais funcionam bem melhor do que as do estrangeiro.

Portanto, tendo assistido ao circo diário dos comentários que têm surgido nas páginas nas operadoras de telecomunicações nacionais, a minha pergunta é: Qual é afinal, a pior operador em Portugal? Que todas são más, que todas recebem queixas às dezenas, que todas prometem uma coisa e no fim o resultado é outro, que todas estão a bloquear sites que fornecem pirataria – Sim, eu já sei! Mas o que eu quero saber é: qual é a pior? Acho que temos o dever de conhecer o vencedor do pior serviço de telecomunicações em território nacional.

A observação não é de agora, mas começo a sentir um ódio profundo ao atender clientes que supostamente aparentam ser de classe média, ou que ostentam ter poucos recursos.

A falta de educação evidente, assim como a mania de quase ter o “rei” na barriga, tornou-se praticamente insuportável de compreender. O “bom dia… tarde, noite”, transformou-se em “Quero!”. Nada contra senhores, apenas não se compreende a tamanha arrogância, quando se aparenta ter tão pouco. Ao que parece, até a educação está a desaparecer e a compreensão pelos outros, que muitas vezes só se preocupam em ser profissionais.

As coisas têm de estar todas do seu agrado. Tornaram-se incapazes de mexer praticamente uma palha e de conferir tudo o que ordenaram. Se por acaso, alguma coisa falha, são os primeiros a apontar o dedo, e fazem questão de que toda a gente saiba o que aconteceu, por mais pequena que seja a situação. E qual é o problema aqui? Nenhum. Os clientes têm sempre razão, mas também devem assinar o Livro de Reclamações sempre que achar necessário! Se o cliente se torna praticamente um animal, aumentando o volume de voz, abrindo os braços e gritar quase como se tivesse um berlinde na boca, é porque tem mais do que motivos para assinar um documento e pedir urgentemente que aquele caso seja resolvido e que jamais volte a acontecer. Contudo, este tipo de cliente tornou-se demasiado básico ao ponto de só reclamar e não saber reclamar. Não tem educação e não sabe utilizar as ferramentas que tem ao seu alcance para reivindicar os seus direitos. É legítimo o protesto.

Mas o que há anos atrás era comum, clientes que supostamente aparentavam ser de classe alta, média alta, ser mais exigentes, actualmente o cenário mudou. O cliente de classe alta, começou a ser mais compreensivo com as pequenas falhas. Começou a compreender melhor os funcionários e a posição deles. Para além disso, muitos continuam com a excelente vontade de reclamar com educação e utilizando as ferramentas correctas para o fazer.

O cliente de classe média/baixa tornou-se simplesmente nojento de ser atendido.


Porque é que ainda insistimos na mudança de hora?

por Rabiscos de um Maldisposto, em 26.10.15

Ainda estou um pouco perdido e sinto que que me andam a aldrabar. O meu estômago também já fez das suas e ainda há pouco queixou-se. A comida que geralmente recebe, costuma ser ao meio-dia, mas agora anda a receber às 13 horas. No fundo, ele ainda não percebeu porque é que nestes últimos dois dias a comida começou a chegar com uma hora de atraso. E eu também ainda não percebi, e ainda não consegui explicar-lhe porque é que continuamos com estas mudanças de hora. A ideia surgiu no século XVIII, para gastar menos velas, mas neste momento dizem que é para poupar na electricidade.

Há muita gente muito satisfeita por ter ganho mais uma hora, contudo só receberam a hora que tinham perdido na mudança de hora antes do Verão. Desde 1916 que mantemos este costume de mudanças de hora e desde essa altura que andamos sempre avariados por uns dias. O que na altura fez reduzir o consumo do carvão, actualmente pode até já nem fazer grande sentido.

Diz a revista Visão desta semana, que actualmente estas mudanças de hora podem já não se justificar em Portugal. O estado de Indiana, por exemplo, instituiu a hora de Verão em 2006, aumentando a conta da luz em 1 por cento. Porém, os estudos em latitudes mais altas, com menos horas de sol, indicam ganhos, todavia ainda não residuais. Portanto, tudo não passa de uma questão de latitudes e Portugal já não retira qualquer vantagem nestas mudanças.


Está na altura de Luaty Beirão mudar de estratégia

por Rabiscos de um Maldisposto, em 25.10.15

Nem sei o que é mais preocupante: se por um lado, há quem assista de forma paciente à decisão de ver sofrer dia-após-dia, Luaty Beirão, que já vai em mais de um mês em greve de fome, e insistem em não fazer absolutamente nada, ou continuar a ignorar a situação em Angola, de plena falta de liberdade de expressão, do regime presidido por José Eduardo dos Santos.
A situação já foi exposta ao mundo. Ficou bastante claro, que no fundo, há muita gente preocupada em firmar uma opinião sobre o caso, e com isso, perder o investimento valioso do dinheiro angolano. A greve de fome já tomou as dimensões possíveis, e já ficamos a saber que agora, só uma morte poderá tornar este caso bem mais interessante.
O mundo observa de forma silenciosa, enquanto os médicos e todos os que acompanham Luaty, já o deveriam ter alertado para uma causa perdida.
Está na altura de mudar de estratégia, antes que seja tarde de mais.


Desvalorizar polémicas à volta do dérbi

por Rabiscos de um Maldisposto, em 25.10.15

Hoje ao que parece lá haverá mais um dérbi de futebol lá para o sul. Coisinha linda, que já levou a que a PSP tivesse de reforçar o dispositivo de segurança. Há quem diga que o clima à volta do jogo está “incendiado”, e há quem diga que desvaloriza as polémicas à volta do dérbi, mas que não desperdiça uma oportunidade para não deixar a fogo apagar. Cliché atrás de cliché, a tenda está montada para o circo da próxima jornada de futebol, onde reúne Benfica e Sporting.

Gosto de picardias. Adoro um belo bate-boca e admiro uma óptima acesa discussão. Contudo, quando envolve futebol e adeptos ferrenhos, a coisa muda de figura. Torna-se simplesmente insuportável a troca de argumentos, quando há duas pessoas completamente cegas e completamente abstraídas do negócio que se tornou o futebol. Há milhões envolvidos em cada jogo, e tudo tornou-se mais significativo do que a simples palavra “desporto”.

Estarão 63500 adeptos no estádio, onde espera-se um ambiente quente, cheio de provocações e a qualquer momento, pode simplesmente acontecer uma “revolução”. A polícia diz ter já tudo preparado e o reforço do dispositivo já está assegurado. No fundo, o que a PSP quis dizer, é que, os contribuintes já não se safam do custo da mobilização de segurança, porque já se tornou tradição, ter de gastar milhares de euros em eventos como estes, para proteger as pessoas de autênticos animais disfarçados de adeptos.

Exemplos de antidesportivíssimo estão à vista de todos. E os exemplos vêm como de costume, do topo da pirâmide. Por fim, que se façam dois dérbis (um na capital e outro a norte do país), de forma segura e se possível, dêem sinais de que no futuro, pode-se se gastar menos em dispositivos de segurança. As famílias, os contribuintes e o desporto agradecem.


Portugal, nunca mudes

por Rabiscos de um Maldisposto, em 24.10.15

Eu admiro os portugueses. A sério que admiro mesmo! Se a parvoíce fosse calculada em Portugal, aposto que batia todos os limites e não haveria certamente concorrência. 

A sério que há mesmo pessoal a queixar-se nas páginas das operadoras, que ficaram com os 51 maiores sites piratas de Portugal bloqueados? Isto é do melhor que há! E para ajudar ainda mais à festa, nas respostas, até há quem surgira alternativas e formas de ultrapassar as barreiras! Isto sim, é ser português!
Eu não sei se isto já passou pela cabeça de alguém, mas e que tal ir para a página da PSP e da PJ, discutir o assunto com os especialistas?

 

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Há limites

por Rabiscos de um Maldisposto, em 20.10.15

Ontem numa leitura atenta ao Jornal de Notícias, deparei-me com vários casos de professores que encontram imensas dificuldades para exercerem as suas funções. Contudo, houve um caso que me chamou  particularmente a atenção e fez-me pensar que de facto as pessoas actualmente não metem os limites e não têm coragem de dizer: basta.

O caso de Ivete Gonçalves de 42 anos foi de facto o caso mais alarmante, na minha opinião. Mãe de três filhos, a professora diz não é fácil a situação dela actual. Diz também que perde muito a vida da família, enquanto se encontra ausente de casa. Ao dormir três horas por noite, diz que raramente consegue deitar-se antes da 1.30 da manhã, acordando todos os dias às 4.40 da manhã para se deslocar de Vila Real até ao Porto. Às oito e vinte e cinco, já se encontra a dar aulas, quase quatro horas depois de se ter levantado. A professora de Português, apesar de garantir que trabalha sempre com “com muita paixão”, eu tenho as minhas dúvidas, e até me levo a questionar como serão os últimos quatro meses de aulas com esta “super professora”.

Não negando o lado profissional da professora Ivete Gonçalves, julgo que toda a paciência tem limites, e que todo o ser humano acaba por se sentir fatigado de uma rotina completamente drástica como esta ao fim de alguns meses. Apesar da coragem, não sei até que ponto poderá vir a ser vantajoso a longo prazo sacrificar a ausência familiar e até mesmo a fraca prestação como professora, porque acredito que depois de alguns meses sem um descanso adequado, seja impossível corresponder às totais exigências dos alunos, assim como conseguir responder a própria capacidade de concentração. Há limites. Um bom profissional também precisa de descansar para conseguir corresponder às exigências do dia-a-dia, e creio que no caso da professora Ivete Gonçalves, esses limites já foram ultrapassados há muito.

As pessoas também têm de saber medir os limites, e saber que há obstáculos que não devem ser ultrapassados. Todos sabemos que há muita incompetência nas colocações dos professores, mas também está na altura de alguns docentes terem o discernimento de tomarem decisões minimamente aceitáveis.


A mudança parte de nós

por Rabiscos de um Maldisposto, em 19.10.15

Ouço com alguma frequência que é complicado de mudar de emprego por mil e uma razões. E eu costumo dizer que, basta talvez uma atitude, e talvez isso aconteça. O comodismo é uma droga incrível que satisfaz mesmo aqueles que sabem que podiam estar bem melhor na vida, com um emprego melhor e talvez, rodeado de gente mais pura. Contudo, o comodismo, nem sempre permite que se tome uma atitude e se faça valer a força de vontade.

O mercado de emprego está péssimo. Creio que já não seja novidade para ninguém. Ainda assim, há sempre novos anúncios de emprego que mesmo por mais asquerosos que sejam, por vezes, lá surge uma ou outra proposta, que até pode resultar num projecto interessante.

Estar de braços cruzados e rogar pragas à vida é que não. Não é possível ser infeliz uma vida inteira, a fazer o que não sente, dia após dia. Não é uma actividade saudável, e torna-se extremamente fatigante mentalmente. Para mudar, basta uma atitude de mudança: o querer e o procurar. Até surgir.

Já não há empregos para a vida. Já não há patrões, colegas e ambientes de trabalho, que nutrem a vontade de permanecer por mais de 40 anos no mesmo ramo, com as mesmas pessoas e no mesmo local. O mercado laboral tornou-se prematuro, rijo e flexível, e só os mais ousados aguentarão.

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