Ainda a propósito do politicamente correcto nas redes
Actualmente já é possível existir uma chatice todos os dias nas redes sociais relacionado com a atitude nojenta do politicamente correcto. Há quem diga que as pessoas começaram a ter um comportamento semelhante a quando estão a conduzir, sentindo-se protegidas atrás do volante, onde podem insultar tudo e todos, ou terem atitudes estúpidas apontando o dedo a todos os condutores e peões que se cruzem com eles. Por outro, eu acho que as pessoas são cada vez mais o que são no dia-a-dia na Internet. As pessoas são picuinhas por natureza e arranjaram a Internet para descarregar todas as suas frustrações. Mas quanto a isso, e da minha parte, não tenho nada a acrescentar. Adoro reacções naturais. Adoro ver a que ponto pode chegar a estupidez humana, e quando dão a cara, a cara dos filhos, da família, ou quando revelam o sítio ondam trabalham, onde os filhos estudam etc, as coisas tornam-se mais autênticas.
Mas o que me têm vindo a chatear é sobretudo a falta de liberdade para o sarcasmo e para o humor. Não me consigo convencer como é que existirem pessoas que não compreendem quando as situações são fictícias ou quando alguém está a consubstanciar uma personagem em modo de sátira. Irrita-me esta onda de pessoas inconscientes deste movimento, desta possibilidade, e que não saibam desfrutar de tais situações. Por outro lado, toda a gente é livre de seguir, concordar ou simplesmente não apreciar. As pessoas são livres! A liberdade existe, caramba! Porque é que quando as pessoas não gostam de uma coisa ou de um determinada pessoa, insistem em persegui-la, lançando comentários de ódio e denunciando todas as suas acções? Não será perda de tempo e energia? Que raio de batalha é esta, afinal? A batalha dos bons costumes contra pessoas que estão a brincar com determinadas situações ou pessoas?
As pessoas enlouqueceram de vez.