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Rabiscos de um Maldisposto

Olá, bem-vindo ao meu blog!

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Ainda estou para ver e ouvir o primeiro proprietário português dos 125 491 veículos da Volkswagen, a reclamar o facto de não ter direito a indemnização, devido à fraude das emissões poluentes.

Ao que parece, a marca alemã só quer indemnizar os clientes americanos. 1000 dólares (944,64 euros), por viatura para os 480 mil proprietários norte-americanos e ainda assistência gratuita durante três anos em caso de avaria. E os portugueses, o que vão receber? E já agora, os restantes europeus? Zero. Mas não por muito tempo, pois tenho a certeza que os restantes países não vão ficar calados. Já os portugueses, aposto que vão deixar passar mais uma e voltar a comprar, e apoiar, estes génios da manipulação.

Não sou cliente Volkswagen, portanto, não posso fazer muito mais do que um simples texto, para vos fazer valer os vossos direitos e quem sabe, devolver um pouco mais de justiça ao mercado automóvel, que faz movimentar tanto dinheiro. Sejam exigentes, porque estes tipos ganham milhões!

Estava a ler pelas folhas do meu jornal de café preferido, que Kate Moss, a top modelo britânica, é especialista em marmelada. Numa entrevista à revista "Hello", diz que adora fazer marmelada e que é uma actividade deliciosa. Para ela, as mais frequentes são as de ameixa ou marmelo. Sem dúvida que Cavaco Silva se também fosse entrevistado também seria capaz de oferecer umas boas surpresas sobre a sua pessoa. Porém, acho que todos nós já percebemos em quê que ele é bom: em fazer "merda melada".

Estamos à quase dois meses sem um Governo. Cavaco, mesmo antes de se realizarem eleições legislativas, disse que já tinha estudado todos os cenários possíveis, e independentemente dos cenários que acontecessem, ele não iria ceder à pressão. Conversa fiada, do senhor Presidente da República, que sempre tentou passar ao lado da chuva grossa, e agora mais para ao fim, ainda tentou dar uma de graça, ao adiar por mais um dia o inevitável.

Para quem dizia que Portugal precisava de pessoas responsáveis, Cavaco Silva não só demonstrou durante todo o seu mandato ser um mero figurante, como também já tinha demonstrado que as cores do seu partido, sempre bateram mais fortes.

Cavaco tornou-se um especialista em arranjar confusão, e disso acho que já ninguém tem dúvidas.


Serviço público para gente burra

por Rabiscos de um Maldisposto, em 19.11.15

Sabem aquela coisa chamada de notícia sensacionalista? O que se está a passar actualmente pela Internet é ainda pior. Já todos nos cruzamos com notícias sensacionalistas, com títulos a roçar o ódio e com capacidade de nos provocar reacções. No fundo, as notícias sensacionalistas não são podres, porém quando se mistura a realidade com ficção, uma notícia pode chegar a tornar-se nojenta ou até mesmo ridícula, mas que ainda assim, poderá ser legítima. Aliás, não é por acaso que há jornais e jornalistas de primeira e de segunda ou de terceira. Resumindo: há jornalismo para todos os gostos.

Porém, o que se tem passado mais recentemente é que há sites que nada tem a ver com jornalismo e têm lançado o caos por completo no meio de quem não tem a capacidade de atingir a racionalidade e de saber a veracidade do que está a ler. Refiro-me obviamente a títulos altamente falsos e a "notícias-não-notícias". O resultado é praticamente sempre igual: partilhas, cliques e lucro, para todos os vermes que se aproveitam de seres vegetais e sem mínima capacidade racional, e que por alimentam esses miseráveis.

Hoje dei por mim a ler algo do género: " Refugiados agridem e insultam portugueses e ainda exigem mais dinheiro e tentam mudar leis", anexado com uma partilha de uma mente oca e com a seguinte afirmação, "Refugiados, fora!!!". Sei bem que podia ter ignorado aquela publicação, mas sei que este estrume vai procriar e para além disso, irá partilhar ainda mais "notícias-não-notícias".

Façam-me um favor: não alimentem estes vermes. Blasting News, Tá lindos, Tá bonitos, Tá feio, Paga o que deves, Ainanas, e toda essa porcaria que anda a infectar a Internet! Comprem jornais, visitem os sites oficiais dos principais órgãos de comunicação social que são grátis na maioria dos casos, investiguem em sites credíveis e sempre que possível, busquem nos sites oficiais.

Ah! E sim, também optei por usar um título sensacionalista.


"Se Deus quiser, vai correr tudo bem"

por Rabiscos de um Maldisposto, em 17.11.15

Estar num hospital e ouvir "se Deus quiser" não é um pouco irónico? Religião à parte, não acham que estão a descredibilizar o trabalho de quem está encarregue de vos dar saúde?

No fundo esta prática aplica-se a todos os sectores, mas caramba, dizer perante um médico " Se Deus quiser", é mais estranho do que dizer a um mecânico ou a um simples e comum taxista. Não sei porquê, mas ainda me faz muita confusão esta coisa das pessoas dependerem ainda de uma força divina, até mesmo quando estão rodeadas pelos melhores profissionais.

Se Deus quiser, pode até nem estar para aí virado. Pode estar maldisposto, ou simplesmente entretido com outra coisa qualquer no momento em que vocês dizem "Se Deus quiser". Já pensaram nisso? Deus, pode não querer ser incomodado. E aí, ter um bom médico ou um bom profissional, já pode fazer toda a diferença, mas depois de vos ouvir pode pensar "Então, mas confia em mim ou em Deus?", e a resposta parece mais do que óbvia.

De qualquer forma, podem ser crentes à vontade, mas tentem não descredibilizar quem vos rodeia, ou digam-no baixinho ou façam-no por pensamento.


"Não se pode ter medo"

por Rabiscos de um Maldisposto, em 16.11.15

Sei bem que já começam a escrever menos "Pray for Paris", mas deixem para lá o" Não temos medo". Nós temos de ter medo. Temos de recear o terror e os terroristas. Não podemos continuar a subestimar o poder o Estado Islâmico. A Europa, o mundo tem de intervir nos problemas do Médio Oriente e recear os ataques dos possíveis terroristas. Continuar a dizer "Não temos medo" é dizer "estamos preparados", e na realidade, não estamos. Estes recentes ataques em França demonstram isso bem, a França e a Europa, não está preparada. Os cidadãos não estão seguros e têm medo, muito medo. Ontem, na Praça da República, em Paris, bastou uma lâmpada rebentar para se voltar a instalar o pânico. Vi, nas imagens recolhidas pelos órgãos de comunicação social, pessoas a correr por cima de ramos de flores de homenagem às vítimas, e até houve quem entrasse desesperadamente pelos estabelecimentos mais próximos em busca de refúgio. E isto só mostra que as pessoas estão com medo. O terrorismo alimenta-se de medo, mas a segurança também. Temos de ter medo, para a segurança ser aumentada e não ser esquecida. Não devemos continuar a subestimar o imprevisível.


E a extrema-direita cresce

por Rabiscos de um Maldisposto, em 15.11.15

E com isto, os partidos de extrema-direita, começam a ganhar força em todo o mundo. Parece que o nome de Hitler, já não assusta ninguém, e tudo que se passou na Alemanha parece já ter passado completamente à história. Voltamos a cometer os erros do passado e voltamos a olhar para as raças e nacionalidades com desconfiança. O racismo está à frente de todos. A xenofobia está cada vez mais patente nos comentários daqueles que nunca tentaram compreender as dificuldades dos outros. O egoísmo e o egocentrismo vão tomar conta disto tudo, disso já não me restam dúvidas.
A Frente Nacional de Marine Le Pen, está orgulhosa dos vossos comentários, e o PNR vai esfregando as mãos pela conquista de apoio também.
Pelos vistos a busca de modas do passado também se aplica às ideologias políticas.

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O sofrimento dos franceses não é diferente dos sírios. O sangue derramado pelos inocentes da Síria não é diferente dos da França. As vidas das crianças, homens e mulheres que nada tiveram a ver com a guerra e perderam a vida, também tem o mesmo valor. Ontem recebíamos refugiados da Síria, amanhã podemos receber refugiados da França. E aí, qual será a desculpa? Não queremos gente de outros países em Portugal?

O que se passou ontem em Paris foi mais um massacre autêntico feito por terroristas e não por pessoas que apenas querem paz. A frança sofreu ontem uma amostra do que o povo sírio tem sofrido nos últimos cinco anos e o mundo paralisou. E admirem-se: foram cidadão franceses a cometerem tamanha barbaridade, sim porque a nacionalidade tende a interessar no futuro.

Mais uma vez houve uma clara violação de ética, moral e religião. A Europa e o resto do mundo têm de reagir, mas não contra quem procura paz, mas sim contra quem deseja o ódio e a morte. Não podemos continuar a pensar que o problema não é nosso.

Temos o dever de acolher quem deseja a paz e independentemente da nacionalidade, não podemos voltar a cometer os mesmos erros do passado. Que a história nos sirva de exemplo e não nos sintamos envergonhados no futuro pelo nosso egoísmo do presente.


Como é que alimentamos imbecis como Pedro Arroja?

por Rabiscos de um Maldisposto, em 12.11.15

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Muito provavelmente já tiveram a oportunidade de ouvir a porcaria que saiu da boca do anormal da foto, até porque hoje em dia, tudo que seja porcaria torna-se altamente viral e tão cedo não desaparece de foco. Pedro Arroja, diz-se professor, mas eu prefiro chama-lo de anormal. Não sei o que lhe passou pela cabeça, até porque nem sei como é que um anormal com este pensamento consegue viver durante tantos anos desta forma descansada, sem que um único dedo lhe tivesse sido apontado.

Não se trata de humor. Não se tratar de querer ser engraçado. Aqui só há uma conclusão a tirar: estamos perante um profundo doente mental com uma clara falta de atenção pública e mediática. Nunca ouvi tal coisa em televisão, nem tão pouco em directo, vindo de um suposto convidado para comentar política. Independentemente da posição ideológica ou do partido, o que está aqui em causa é uma profunda posição machista. Segundo dele, as meninas do Bloco de Esquerda do Parlamento são umas “esganiçadas”. “Aquelas esganiçadas sempre contra alguém ou contra alguma coisa”, “não queria nenhuma daquelas mulheres, nem dada”, “Não conseguiria com elas, com uma delas, com uma mulher assim, construir uma comunidade, uma família. Elas estão sempre contra alguém ou contra alguma coisa. E lá em casa só havia dois tipos de pessoas, ou os filhos, ou o marido”.

Apesar de todas estas afirmações serem infelizes, e não existir aqui uma pinga de humor negro, acho completamente surreal ninguém do Porto Canal ter interrompido e sequer ter questionado a gravidade das afirmações de Pedro Arroja. Até ao momento nem sequer foi realizado um pedido de desculpas formal, o que me deixa ainda mais alarmado. Quero eu pensar que tudo não passou de um dia mau para Pedro Arroja, e que mais cedo ou mais tarde irá admitir que tenha exagerado nas suas palavras, porque isto de facto não é normal. Ou se é normal, convém investigar a casa deste professor, pois a sua família deve sofrer todos os dias.

Já o assunto pelas redes sociais tornou-se viral como é costume, mas como também é costume, aparecem muitos comentários estúpidos e muitos idiotas. Nota-se a léguas quando o comentário não é sarcástico e não tem a intenção de ser engraçado. Ainda assim, há muita que não deveria ter acesso ao teclado. Só devia utilizar o rato para navegar na Internet e o teclado digital deveria estar com acesso barrado para evitar tamanhas parvoíces.

Homens a mandar bocas a mulheres e até rebaixando-as, não é uma total novidade, até porque por ano mais de 40 mulheres são assassinadas em Portugal. Agora, mulheres a atacarem mulheres? Ainda por cima quando estão a ser julgadas com afirmações machistas? Vocês acham mesmo normal, ou também perderam o juízo?


Paciência

por Rabiscos de um Maldisposto, em 11.11.15

Julgo que a palavra "Paciência" nunca foi tão utilizada como ultimamente tem sido. Este ano, especialmente, se existisse um estudo qualquer par medir o número de vezes que a palavra "paciência" já foi utilizada, de certeza que ultrapassava a léguas todas as outras. Neste momento a paciência é utilizada para tudo, juntamente com um, "terá de aguardar". Outubro e Novembro, sempre foram excelentes meses para enviar currículos e conseguir entrevistas. As pessoas escolhiam o final de ano para mudar de emprego, e as entrevistas surgiam com a maior urgência, porque as empresas viviam as últimas semanas do ano, com as maiores das intensidades. Actualmente, as coisas já não são assim. Tudo surge com calma. Demasiada até. E isso deixa-me curioso e preocupado. As lojas também já só usam esse vocabulário. "Neste momento não temos. Terá de aguardar, tenha paciência ", ó meus amigos, mas quem é que vai aguardar para ter um produto actualmente? Há mil e uma lojas disponíveis, tanto físicas como online, porque raio o cliente vai esperar? Não pode existir paciência. O cliente não pode esperar. Estamos na recta final, as lojas têm de estar preparadas para a locura de stock! Estou profundamente admirado. Nunca vi nada assim. Portugal, ingeriu algum calmante em dose gigante? Estamos em Novembro! Está mais do que na hora de produzir, de vender e de encher armazéns! Ontem caiu um Governo, e estamos todos pacientes para eleger o próximo Primeiro-Ministro. As eleições foram no mês passado e ainda não reolvemos a situação política! Que calma é esta? O mercado de trabalho está silencioso porquê? Porque é que demora tanto um processo de recrutamento? Paciência? Estamos todos fartos de aguardar e de ter paciência!


A mudança inevitável está aí à vista

por Rabiscos de um Maldisposto, em 10.11.15

Há relatos que já estão centenas de apoiantes da Coligação Portugal à Frente em frente à Assembleia da República a gritar "Costa para a rua, a casa não é tua" , "Nós não queremos o Syriza em Portugal", "Esquerda radical, faz mal a Portugal". Como sabem, não sou o maior admirador de António Costa, nem tão pouco do Partido Socialista, mas democracia é isto mesmo. E doa a quem doer, uma maioria parlamentar tem legitimidade para formar governo, até mesmo quando um Presidente da República ignora tal possibilidade.

O cenário já era previsível, e hoje parece que finalmente vai mesmo acontecer: o Governo actual vai cair. Se será bom ou mau, o futuro logo dirá, portanto julgo que os próximos meses sejam fundamentais para avaliar o que se irá passar no país, e aí sim, fazer uma avaliação concreta.

Quem protesta neste momento não sabe o que é democracia, nem tão pouco está interessado no país. Quem se revolta neste momento, não está preocupado com a actualidade, com o desemprego, ou com outra coisa qualquer. O importante é apoiar o seu partido, e os interesses que muito provavelmente estão associados a um cargo e a um salário risonho.

A mudança inevitável está aí à vista. E não interessa que seja mais à esquerda ou mais à direita, o importante é que o país cresça e recupere a sua dignidade.

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